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Agradecimentos

A primeira fase está concluída. A verdadeira guerra ainda aí vem, mas sinto que alcançámos um passo gigante perante as dificuldades que nos foram impostas ao longo deste ano que passou. Foi uma equipa fantástica que reuniu todas as suas forças para prestar trabalho árduo a este projecto. Nunca imaginei, na noite em que escrevi os primeiros cinco episódios de seguida, ter tanta gente a acreditar no guião e a acreditar no futuro do projecto, e foi importante para mim, não só como realizadora, mas como guionista, ter todo esse apoio, ver os actores empenhados no seu papel, ver a equipa embrenhada na sua função, ver toda a gente cativada por uma ideia que surgiu de uma simples conversa com um amigo.

Não teria andado para a frente, nem até onde hoje chegámos, sem a ajuda preciosa de todos, sem o empenho dos actores, sem o trabalho árduo da produção, sem os devaneios da realização, sem as prestações das ajudas extras que se foram juntando a nós e acabaram por fazer parte desta família que são os Tremocinhos. Concluímos uma primeira fase do projecto graças a todo esse envolvimento dessas várias pessoas que nem por um segundo sentiram uma pitada de obrigação, apenas gosto. Graças ao acreditar de todas as pessoas envolvidas e à vontade de querer sempre fazer mais e melhor por parte de todos. Sem a boa vontade desta equipa fantástica, a família dos Tremocinhos, as prestações exteriores dos espaços que nos foram cedidos e das ajudas com que não contávamos. A melhor maneira, que sinto, da minha parte, que escrevi as palavras que estão agora registadas nas imagens gravadas, de retribuir a toda esta equipa é terminar em grande com um bom projecto, um trabalho bem feito, uma série com uma boa qualidade que faça os espectadores sentirem aquilo que nós sentimos quando estamos em equipa.

E individualmente, existe tantas pessoas a quem agradecer. Acima de tudo, o primeiro grande obrigado vai à produção, ao seu empenho, à sua dedicação e ao esforço por sempre comprovar que é possível obter qualidade apesar dos meios. Mas devo um grande obrigado à Ana Lopes, por um dia ter mostrado interesse em ingressar na equipa de produção, por ter dado um empurrão gigante, por ter acreditado como ninguém na qualidade da série e na sua projecção e nos ter transmitido isso, por ter trazido pessoas fantásticas, competentes, profissionais que, como a própria Ana, dedicaram todas as suas forças à qualidade e à projecção dos nossos tremoços. É de destacar a sua função enquanto ponte estabelecida entre a produção e os actores e o profissionalismo que sempre manteve, que resultam apenas num agradecimento pelos "berros e puxões de cabelos" que deu à restante equipa - nomeadamente à realização. Foram esses "berros" e esse "puxões de cabelos" que nos elevaram a uma equipa profissional, que levaram à execução das nossas tarefas, que elevaram a moral da equipa técnica através dessa vontade insaciável de querer sempre fazer mais e muito melhor. Por nunca esquecer a qualidade e fazer-nos acreditar que ela é possível apesar de tudo.

Um obrigado também ao Diogo Aleixo, que viajou desde Coimbra para nos fornecer pequenos momentos gastronómicos maravilhosos. Por restabelecer as energias de toda a equipa através de refeições fantásticas. Pelo seu bom espírito, a sua boa disposição, e por manter sempre um sorriso enorme ao longo de todos os dias que nos acompanhou. E ainda além da sua função na nossa equipa, também pela sua disposição e pelas suas brincadeiras, que proporcionaram momentos de gargalhadas únicas, de alegria e nos proporcionaram um conforto diferente. A sua presença foi além de nos encher o estômago e nos refastelar na boa comida - foi, também ele, um membro da família essencial, e que desde logo se fez notar a sua ausência.

Obrigada também ao Jorge Humberto por se ter disponibilizado para nos proporcionar o material técnico, por assegurar a boa qualidade visual do produto final, por ter depositado em nós um voto de confiança enorme. E, acima de tudo, por ter aturado esses devaneios da realização (e nomeadamente meus) e sempre ter mantido uma postura íntegra e uma boa disposição e alegria que levaram até a conversas de política às 5h da manhã, depois de um dia exaustivo de gravações. Mais para além da sua função como equipa técnica, garantiu-nos momentos de descontracção depois de horas de filmagens, garantiu-nos energia e, acima de tudo, com tudo isso, assegurar sempre a boa qualidade.

Obrigada também à Marisa da Anunciação pelo seu fantástico trabalho na caracterização e na decoração, por ter realçado cada personagem na sua íntegra e no seu íntimo através da sua imagem, por ter construído toda uma visualização que definiu cada personalidade, não só através das suas roupas, mas também através das suas paredes, das suas camas, das suas fotografias, das cozinhas imundas e das salas bagunçadas, da desarrumação que transmitia algo sobre o desarrumado. O produto final não seria o mesmo sem a sua prestação. As personalidade não seria tão evidenciadas sem o seu trabalho. E como a restante equipa, também a Marisa acreditou no projecto e acreditou nas personagens construídas, e acreditou que conseguia trazer ao de cima os essenciais de cada um. E conseguiu. Conseguiu mais e melhor do que alguma vez seria caoaz de pedir graças à sua capacidade de observar e visualizar as personagens além das palavras inscritas no guião. O seu trabalho está evidenciado e será louvado quando o espectador pensar "Grandas porcos" nos momentos de conversa na cozinha do André, ou apreciar de boca aberta a sala da Teresa. Mesmo que os detalhes não estejam realçados, o espectador sentirá o seu trabalho e percepcionará todos os essenciais por que tanto se esforçou por transmitir. Os Tremoços enriqueceram muitíssimo desde a sua prestação.

Por fim, um agradecimento especial ao Pedro Araújo por ter mantido toda a minha sanidade nos ditos momentos de "desvaire". Desde o seu início que vejo os Tremoços & Imperiais como uma oportunidade para aprender e ser melhor, mas com um receio de falhar e não ser capaz. É inevitável. Mas o Pedro garantiu-me que não iria falhar, através de mais berros e puxões de cabelos, de conselhos e de momentos de pura diversão. A sua capacidade de ouvir e falar ajudou-me a construir a minha identidade enquanto realizadora. A sua boa disposição e sempre presente prestação transmitiram-me uma segurança enorme por cada 'Acção' que era gritado. O Pedro estabeleceu uma importante ponte entre a produção e a realização que transmitiu ao projecto toda uma segurança, principalmente no que toca à realização. Mas foi a sua capacidade de ouvir as minhas palavras nos momentos de "pânico artístico", nos meus (quase) inevitáveis desvaires fatalistas que me ensinaram a construir essa personalidade de realizadora - construção essa que de modo algum se encontra encerrada. O Pedro ensinou-me em que de facto consiste ser realizador, e não só o lado bom que nos contam os livros e nos dizem nas aulas, mas os lados chatos, os lados que nos levam a esses desvaires e momentos de pânico que ninguém nos conta. Sinto que depositou a sua confiança em mim enquanto realizadora, ao obrigar-me a transformar-me na pessoa das solução e não na dos problemas, ao debater comigo cada escala de cada plano gravado. E espero, sinceramente, ter correspondido a esses ensinamentos e a essas exigências. Terá sido graças à sua prestação que sinto que hoje, depois do último 'Corta', me enriqueci enquanto realizadora, e graças a si que a minha motivação cresceu a cada ângulo e a cada plano gravado.

Não posso deixar de referir todas as pessoas que se envolveram neste projecto, que embora não as refira individualmente isso não significará a sua menor importância. Todos eles garantiram o bom funcionamento da equipa, asseguraram um produto final de qualidade e ingressaram, também eles, na nossa família dos Tremoços & Imperiais. São também eles uns tremocinhos: Guilherme Grosso, por ser prestável a ponto de executar qualquer tarefa e por ter também aturado os meus desabafos e os meus debates artísticos até horas impensáveis da madrugada; Tiago Cidade Pereira por se ter imediatamente prestado à posição de assistente de produção, ou como lhe chama de sorriso na cara, de "moço de recados", pelas suas opiniões sinceras que me ajudaram a melhorar ainda mais o projecto e pelas viagens de carro; ao Henrique "Chinês" Pereira por se ter disponibilizado diariamente a fotografar tudo o que havia para fotografar. À Ana Rita Silva, ao Diamantino Vieira, ao Pedro Barbosa, ao Henrique Fernandes. E claro, jamais eu me esqueceria, à minha companheira Helena Neves e à Rose Copatto, por terem sido elas quem, ao longo de um ano, acreditaram também neste projecto.

Agradeço especialmente à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e respectiva Associação de Estudantes pela disponibilização do espaço que originalmente me inspirou para a criação desta série e sem o qual ela pareceria aborrecida; pela sua versatilidade e prestação. Obrigada também - e um enorme obrigada - ao Nuno Cruz e a toda a equipa do Real República de Coimbra pela disponibilização do espaço, pela boa disposição e pela after-party. E acima de tudo, pela noite de Fringe sacrificada em troca de uma bela madrugada na companhia dos tremocinhos! Esperamos ver essas duas garrafas de cerveja Loiraça nessa prateleira ao longo de largos anos! E obrigada também aos quatro jovens das respectivas tunas - Gatuna, TFIST e Estudantina de Lisboa - que nos proporcionaram uma pequena banda sonora maravilhosa do melhor que há do espírito académico português.

Finalmente, como não podia deixar de ser, um agradecimento especial àqueles que são o coração da nossa história e da nossa narrativa: aos nossos actores. Por terem permanecido fiéis à nossa família durante um ano, por não se terem esquecido de nós nem terem, por um segundo, deixado de acreditar no projecto. Foram eles que deram vida às personagens e as tornaram únicas, divertidas e complexas. Deram-lhes toda uma dimensão profunda que está presente nos planos gravados. Estiveram connosco largas horas a fio e no final mostraram-se competentes. Nem por um segundo me fizeram arrepender do momento em que voltaram as costas e saíram da sala de casting e eu disse "É este!". O seu trabalho foi apreciado e, mais do que colegas de trabalho - como, aliás, toda a equipa - permanecerão também como amigos:

Mário Abel, Carolina Bettencourt, Mariana Ayala, Ana Lopes, Luís Oliveira, Manuel Ferreira, Ruben Toy, Joana Neves, Dina Santos, Miguel Almeida e, claro, também os mais recentes membros, Frederico Amaral, Tiago Ortis e Tiago da Cruz.

Por agora, avizinha-se uma nova fase, nem por isso simples, nem tão pouco fácil. Mas por causa destas pessoas, eu acredito que daqui para a frente faremos o melhor que podemos, e faremos bem.

Ana Santos, realizadora.